Da primeira vez que ouvi Amy Winehouse senti um arrepio na espinha. Eu imaginava uma cantora negra, grande, gorda e saíu-me aquela trinca-espinhas branca e inglesa, de pose desconchavada, joelhuda, com make-up de bordel de terceira. Gostava sinceramente dela, sem dizer apesar de, sentia uma certa comoção com as suas escolhas, com os seus demônios, com o seu enorme talento. Não acredito que pudesse haver Amy Winehouse sem aquela Amy Winehouse, tão sofrida, poderosa e languidamente sem ser aquela mesma pessoa, aqueles dez-reis de fragilidade cheios de atração pelo abismo. Haverá quem a recorde pelo acessório. Eu recordá-la-ei por “Frank”, por “Back to Black” e por algumas arrepiantes interpretações ao vivo. Foi uma Grande Artista e viveu como pôde. Agora repousa em paz – ou canta com outras almas gêmeas, cheias de talento e de inquietude, como ela.
LUTO
P.S.;Bríziaa
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