sábado, 27 de agosto de 2011

Saudade;

Trancar o dedo numa porta dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cair de bunda no chão, e levar um trupicão. Mas o que mais dói é saudade. É uma ausência incompleta, é sentir o que existe, sabendo da sua inexistência. É um ardor, uma abstinência que inunda o interior, a alma. Saudade é não saber! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade dói mais sou grata de inúmeras vezes senti-la por que só quem ama ou amou de verdade; pode me entender, pode conhecer no mais profundo de sua existência o que é saudade.

 

 

P.S.; Bríziaa

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